O Pérolas da Ciência vai mudar um pouco. Se na primeira versão, dedicada aos anos de ser professor, a ênfase era no disparate dos alunos e na partilha de algumas das verdadeiras pérolas que me apareceram como respostas nos testes, esta versão será virada para os "outros" que mencionava na apresentação do blogue: "Mas para que outros não ficassem a rir, também eles possuem aqui um cantinho especial..." Nota da redacção: Aqui não se aplica o (des)acordo ortográfico, escrevemos em Português!
O porquê deste delírio...
Quando decidi criar este blog, era dedicado à temática da asneira parva e sem sentido, resultante de uma ignorância cultivada com requinte por muitos dos alunos que me foram passando pelas "mãos".
Contudo, ao olhar em redor, outros vi que mereciam também a "honra" de nele figurar, tal a vontade e desempenho que colocam nas suas "actuações". Para todos os que me "fornecem" o material, um cantinho especial espera-os.
Para os outros, espero que se divirtam.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Alforrecas, os monstros a abater!
Vila Nova de Milfontes - Sete pessoas atingidas por alforrecas
Sete pessoas foram tingidas por alforrecas, mais conhecidas por caravelas
portuguesas, na praia do Malhão, em Vila Nova de Milfontes.
Estes organismos não costumam andar por águas portuguesas, mas naquela
praia sete banhistas entraram em contacto com estas alforrecas e tiveram
de ser encaminhados para o hospital, explicou o comandante Arrifana Hor-
ta, da capitania de Sines.
Mais a norte, na zona da Costa de Caparica, foi também, ontem, avistada
uma alforreca.
Mas desde quando uma alforreca é "mais conhecida" por Caravela-portuguesa? E esta de na Costa da Caparica ter sido avistada uma alforreca, como se isso fosse um evento raro...
Senhora ou senhor jornalista, antes de escrever asneira (mesmo que veiculada a partir de outra fonte, não citada) devia ter feito o TPC. Teria aprendido que a Caravela-portuguesa (escrita assim e não como escreveu no seu texto) é uma alforreca entre cerca de 3000 espécies conhecidas, de facto potencialmente irritante para o homem, que tem o hábito de chocar com estes incríveis seres.
Mas aprendia também que avistar-se uma alforreca, seja em que praia for, não é acontecimento raro nem de estranhar. Hoje, por exemplo, estive na Costa da Caparica (assim mesmo, DA Caparica e não DE, como escreveu) a ver alar as redes de Xávega e no saco vinham, como habitualmente, várias dezenas destes Cnidaria.
E depois, se tivesse feito o TPC, talvez tivesse ajudado as pessoas a entender o ciclo de vida destes animais, que são abundantes nesta altura do ano. As alforrecas. Que não as Caravela-portuguesa... que por acaso, só por acaso, não "tingem" ninguém!